Gravidade - a mãe natal!
Eis um episódio que ainda não tinha sido revelado oficialmente...
Lembram-se do post "Mudasti versus Telele"?....
Pois é, mas desta vez o gato não se afogou...
Foi no dia 28 à noite, depois de chegar de Santa Cruz, iniciava a preparação das malas para ir para Espanha comemorar o fim de ano, o que se tornaria uma tarefa difícil e preguiçosa...
Comecei pela mala do quotidiano que iria estrear. Peguei na mala e fiz a transferência das tralhas de uma mala para a outra. Como ia deixar para lavar a mala que era branca, sacudia da janela do meu quarto.
Enquanto revirava a mala, a 7 andares de altura (6º andar + CAVE), observava um senhor a passar no passeio...
Estava a revirar outra bolsa da mala e reparo, mesmo entre os meus braços, num objecto a descer em direcção à calçada, a embater sonoramente na calçada e a dividir-se em dois bocados que caíram no jardim, um a 1 metro da zona de impacte e o outro a cerca de cinco metros. O senhor que eu observara, tinha agora parado com o ruído do impacto e olhava para cima e para o jardim...
Pensamento em câmara rápida: "o que é aquilo?! onde está o telemóvel?! não sei! se calhar estava na bolsa de fora que não tem fecho.. caiu e partiu-se em dois. seria o telemóvel e a bateria? acho que sim. era. só podia. e agora?
Com o senhor a olhar para mim, saí da janela, peguei nos sapatos e nas chaves em salvamento do desgraçado e ia a rezar para que o gato ainda estivesse vivo..
Cheguei ao jardim em noite cerrada com uns meros candeeiros de rua a clarear o verde das ervas daninhas.
Encontrava assim o meu telemóvel e a bateria separados mas no mesmo meio: coliformes fecais caninos!
Fundi-os e liguei. Funcionava. Funcionava mesmo, na perfeição!
Analisei a nova forma, hematomas e até amputações, resultado da queda que sofrera. Amputações sim! faltava a peça para prender a bateria, mas ela prendia-se na mesma, daí que a conclusão é de que aquela peça tem um papel simplesmente preventivo!
Analisei a nova forma, hematomas e até amputações, resultado da queda que sofrera. Amputações sim! faltava a peça para prender a bateria, mas ela prendia-se na mesma, daí que a conclusão é de que aquela peça tem um papel simplesmente preventivo!
Não encontrava a peça, nem com a ajuda da senhora da limpeza do prédio que se preparava para ir descansar que, simpática, se disponibilizou para pisar e remexer coliformes e resíduos à procura da peça com 1milímetro quadrado.
Voltei a casa, mas por pouco tempo, porque regressei, com o meu progenitor masculino e com um foco de luz fluorescente, à procura do irritante bocado de plástico de cor prateada.
Mas, tirando coliformes e sinónimos, papéis e mais resíduos caninos, não encontrámos nada.
Como um bom Fisioterapeuta, avaliei as disfunções e verifiquei que não havia lesões neurológicas ou cárdio-respiratórias, apenas tinha alguma diminuição da qualidade de movimento e instabilidade da bateria. Assim, reabilitei o telemóvel com base no movimento e coloquei uma banda de tape a prevenir luxação da bateria.
Assim se aguentou durante o fim de ano e alguns dias, até descobrir que se revelavam consequências do traumatismo craniano e que a comunicação oral estava severamente comprometida.
Assim, e porque a função principal de um telemóvel é poder comunicar oralmente com outrém e como não era funcional, tive que procurar um substituto barato.
Foi assim que aproveitei a promoção da semana de uma loja de telemóveis conceituada e troquei o gato por um telemóvel que custava 130 euros e que estava a 60 euros. De qualidade e com algumas funções mais avançadas.
Não queria esquecer aquele gato que sobreviveu a uma inundação, a uma queda e ao cheiro dos coliformes. Para me livrar dele era o incêndio ou abatia-o e colocava uma prótese total, e na troca inda poupava 10 euros de retoma... :)
Obrigada gravidade pelo meu telemóvel novo.
Gato, estás no meu coração!
3 Comments:
At quarta-feira, janeiro 23, 2008 9:56:00 da tarde, Anónimo said…
LOLOLOLOL=p
Não, é que é mesmo hilariante!só tu mm...
Eu só não sei dizer é se o gato gostava realmente de ti e fez de tudo para sobreviver a essas contrariedades da sua vida ou se ele já não te conseguia aturar e tentou uma série de vezes o suicidio, só que tu com a tua perícia em fisioterapia conseguias smp reabilita-lo...
Através deste estudo, pode-se dizer que existe evidencia cientifica quanto às vida do gato, que ao contrario do que se pensa tem apenas três e não seta=p
bj
At quarta-feira, janeiro 23, 2008 9:57:00 da tarde, Anónimo said…
Correcção:
Não é seta, mas sim sete...
Peço desculpa pela gafe!
At quinta-feira, janeiro 24, 2008 11:48:00 da tarde, Anónimo said…
Epah, eu acompanho este blog diariamente... em conjunto com os sites de informação sobre as actualidades do Mundo! E sou obrigada a afirmar que este é, sem dúvida alguma, um POST brilhante… pois aborda um assunto sério (o suicídio) de forma satírica!
Posto isto, e depois de ter lido o post umas 4 vezes seguidas (rindo que nem um parva!), só posso dizer que: em 1º lugar, és um bocado descuidada; 2º o senhor que ia a passar na rua, BEM PODE AGRADECER AO GATO (Deus o tenha!) por estar vivo; e 3º o bicho (Deus o tenha novamente!)suicidou-se, SÓ PODE!! Depois de tantas tentativas, ele descansa agora em paz… preferiu a morte a servir a tua comunicação…
Resta-nos agora esperar pelas próximas tentativas (MAIS DO QUE CERTAS!!!) de suicídio de: “GATO II – O Regresso”…
Fico á espera... ansiosamente! =)
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