The rockage passed when u got an headache

quarta-feira, março 25, 2009

"O ano em que a Terra parou e o dia em que devia ter parado"

Não, não enviem flores para a minha morada porque ainda respiro.


Àqueles que pensavam que tinha perdido a cabeça pela terra dos nossos irmãos do acerto ortográfico, lamento informar que também estavam errados.

A verdade é que desesperei só de pensar em escrever sobre uma viagem tão emotiva repleta de situações tão boas e tão más que, após um ano, me recordo exactamente de, assim de repente... [1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9,...] muito pouca coisa!

Ora deixem-me refletir sobre o que se passou neste ano... hum..
  • Fui contactada para uma entrevista de trabalho de que resultou não só a minha incorporação como profissional de uma clínica de Fisioterapia em Sintra, como também a acoplação da Fmui por afinidade [Nem outra coisa seria esperada, num é?].

  • Fui a mais um grande e esse sim memorável [nem percebo porquê!] SW, com a Fmui, Menina Rita, Cunhadito, Erva Doce, Amiga Olga e a Kátia.

  • Entreguei finalmente a monografia/trabalho final de curso, que era o que faltava para adquirir o titulo de Licenciatura, após um ano completo de esforço e motivação que resultou num simples: Não aceite.

  • O ponto 3 ocorreu em Novembro e desde então que travo uma guerra diária com muitas estratégias de coping na esperança de conseguir lidar com a situação até dia 22 de Maio que será a nova data de entrega desse magnífico estudo [Ainda tenho muito tempo, portanto].

E pronto. Este foi um motivo pelo qual também não voltei a postar porque seria obrigatório o relato desta novela/thriller despoletada por aquelas duas palavrinhas que começam com uma negação... enfim, e que não interessa a ninguém.

Mas o que vos vinha relatar, após ter justificado a minha ausência durante estes dias, era sobre uma hora particular do meu domingo passado que corrobora a teoria do caos.



Mas vamos voltar um bocadinho no tempo para vos explicar..

A Susaninha convidou-me para integrar a Fisioterapia na sua Clínica Médica e Dentária no deserto próximo de Torres Vedras há cerca de meio ano e entretanto já fui lá uma vez deixar umas cáries que me estavam a pesar. Na sexta-feira passada eis que o Piló, essa grande personagem, refere que vai a um massagista devido a uma dor lombar. Foi em segundos que arranjei o meu primeiro utente! E, no meio do blá blá blá que se seguiu durante a noite e no dia seguinte, assim combinámos para as 13 horas do dia em que devia ter ficado com as botinhas do pijama calçadas - domingo.

A primeira tragédia do dia foi não ter conseguido levantar o queixo da almofada, considerando que a noite anterior se tinha estendido até horas antes do despertador tocar e, como o meu utente estava a sofrer do mesmo, combinámos antes para as 15 horas.

Quando faltavam cerca de 15 minutos para as 15 horas parto a uma distância de 25 minutos de Torres Vedras onde iria encontrar o trajecto rumo ao deserto: Olhalvo, que fica a cerca de mais 30 minutos de distância em direcção a Alenquer. Reparei que o depósito estava ao nível da reserva

Chego a Torres Vedras e lá vou eu para a rotunda que acho que foi a que passei com a Susaninha. Por acaso até pensei que podia não ser por ali mas aquela paisagem era-me familiar...

Quando passei lá uma terriola chamada "Serra da Vila" [que por acaso ficava no sentido oposto..] reparei que já tinha andado muito tempo na reserva e que seria melhor ir para a bomba de gasolina e telefonei ao Piló. Seria a minha última chamada porque estava a ficar sem bateria, por isso, e considerando que estava perdida e que ele estava a minha espera à porta de clínica, lá foi ele ter comigo à bomba d gasolina mais perto de Torres Vedras.

Cheguei junto às mangueiras e lembrei-me que não devia ter dinheiro na conta bancária e, por isso, fiz marcha atrás e estacionei junto dos aspiradores. Fui à caixa de multibanco e apercebi-me que tinha toda a razão e não eram os três euros que me levariam a casa de novo. A minha sorte eram mesmo os 8,50 euros que tinha na carteira.

Voltei a chegar-me próximo da mangueira do gasóleo, mas o depósito era do outro lado. Ao menos tentei... Estiquei a mangueira todinha e nada, apenas chegava ao outro lado da bagageira.

Como é óbvio tinha que ir para a bomba ao lado. Volto a ligar o carro e a andar para trás, já estava a ficar desesperada...

Entretanto devia ter olhado para trás, foi o que eu pensei qundo ouvi um barulho, uma buzina e senti o impacto. Bati no carro de trás. "Será possível?!"

Saio do carro e confirmava-se no capô da carrinha do senhor que estava acompanhado da sua mulher que, simpática, não parava de dizer "coitadinha!". Olhava para o carro do senhor, para o meu, para o do senhor, para o meu... "O meu parece não ter um arranhão. A sério? Isso era bom demais..." E não tinha, porque a chapa do meu carro amolgou e voltou para fora como se nada se tivesse passado... E o senhor limpava o capô com os dedos para se notar bem a invaginação do carro e fazer-me sentir pior do que já me sentia.

Disse ao senhor que disponibilizava o meu contacto para me dizer quanto seria a despesa e disse para ir a um "bate-chapas". O senhor referiu então que trabalhava numa oficina e que o arranjo não seria fácil mas que não seria preciso eu suportar essa despesa. Palavras santas!

E ficamos ainda ali um bocado. Ora dizia que não era preciso, ora olhava para o carro qual criança hospitalizada e dizia que ficava feio. À sétima vez que o senhor disse que não era preciso dirigi-me para o carro. O senhor pergunta-me porque é que eu estava a andar para trás e eu com ar aparvalhado lá expliquei que a mangueira não era suficientemente longa para compensar a minha azelhice em ter posto na bomba com o depósito contralateral.

O senhor mais uma vez ***** andou com o carro para trás para eu ter espaço para ir para a bomba ao lado. Sim... pensei em usar a mangueira do gasóleo como aspirador e enfiar-me lá para dentro...

Sempre gastei os 8,50 euros em gasolina, fui pagar, sorri mais duas vezes ao senhor, acenei quando foi embora e voltei a fazer marcha atrás com todo o cuidado conferindo se havia carros, moscas ou formigas atrás, e voltei para o lugar dos aspiradores à espera do Piló.

Passado cerca de 15/20 minutos aparece ele e vamos no carro dele para não levarmos dois carros e tal... [ufa, ainda atropelava algum gato pelo caminho...]. Foi a minha "sorte".

Com esta brincadeira cheguei a casa as 18 horas. Inesquecivel.




P.S. É nestas alturas que agradeço que a senhora tenha repetido tantas vezes: "acontece a qualquer um".


segunda-feira, maio 12, 2008

Ofélix e os "Lélés da cuca"

[ Leitores, peço desculpa mas a aventura do Brasil está bloqueada devido ao número de fotos e à difícil que está a ser a sua reunião e selecção. Prometo que está para breve... ]

Entretanto, e como a vida não pára porque um post importante ainda está na fábrica, eis que algo de inesperado tem que ser revelado...

Vindos do Brasil e depois de finalmente percebermos que a vida de lorde tinha morrido,
voltámos a olhar para o horário...

Uma semana inteira com estatística, estatística... saúde da mulher e gestão de qualquer coisa [ nem o nome sei..... vergonhoso!].

Saúde da mulher...

Para compreenderem a importância desta disciplina que não é uma disciplina, deixem-me explicar-vos que esta, juntamente com toque no bebé, forma uma só disciplina que está inserida com 7 outras disciplinas na cadeia que se chama Seminários.

Como dá para compreender, a sua importância é relativamente pouco significativa... no entanto é mais interessante do que todo o restante curso.

Porquê? Perguntam.

Quando se imagina uma senhora de aspecto snob com 7 cm de espessura corporal e 20 cm de largura, 1.60 de altura, com os seus 30 e alguns anos de nariz empinado, toda muito à frente e com tendência para expressar tudo de forma comicamente explícita, a falar de assuntos como:
  • Alterações fisiológicas da mulher durante a gravidez [ coisas simples como o ganho de peso, as estrias, apetites desenfreados para chamar a atenção ou esquisitos como lamber a tinta branca por deficiências minerais, entre outros.. ].

  • A respiração durante o nascimento [ que são cerca de quê? meia dúzia de tipos de respiração, consoante a situação: ora se a senhora pode fazer força mas não quer, se não pode mas quer, se não quer mas deve. enfim... para não falar da fase da expulsão. alguém pensa em respirar nessa altura?! ].

  • As contracções [ em que a dor se instala na zona sub-abdominal, zona lombar ou em toda a cintura abdominal e que podem ser com ou sem dor e com ou sem ritmicidade. As com dor são as últimas, quando a frequência é, depois de horas e horas de sofrimento, cada vez mais superior. É que nem dá para pensar que está quase a acabar porque, literalmente, o pior ainda está para vir... ].

  • A episiotomia para evitar uma rasgadura [ trata-se daquele corte "cirúrgico" aquando da libertação da cabeça do parasita e que pode ter duas direcções: norte/sul ou norte/sudoeste. Este favor do bisturi serve para evitar que as paredes musculares rompam pelas costuras. Não se esqueçam que, como qualquer corte, precisa de ser cosido e acompanhada a sua cicatrização... ].

  • O pós-parto [ começa quando a mulher se consciencializa que parte de si está na cama ao lado e que vai deixar de sair à noite e ter que fazer comida para mais um, eis que se lembra do que lhe disseram nas classes durante a gravidez, aquilo de poder ganhar o pack completo com as estrias, hemorróidas, gordura acumulada, preparação para a amamentação, cicatrização, incontinência urinária, alterações hormonais... por aí... ].

  • A amamentação [ parece fácil para quem desconhece os problemas associados ao bico, "se é suficientemente grande para o bebé ter onde abocanhar" (por Ofélix), em que é necessário utilizar uma série de estratégias artificiais para aumentar o bico, a problemática da descida do leite, o número de vezes que o bebé deve mamar, durante quanto tempo, se este tempo vai de encontro ao leite que a mulher deve dar por dia... para não falar das complicações quando há stress, hábitos tabágicos, mastites (inflamação/infecção que resulta na compressão dos ductos que conduzem o leite até ao mamilo)... ].

Há uma situação específica que me chocou especialmente...

Na aula em que foi abordado o tema da episiotomia, a Ft. Ofélix referia a importância do Fisioterapeuta e eis que, num ambiente extremamente open mind e de fácil comunicação, me surge uma pergunta pertinente e simples: "como é que o Ft. realiza a massagem da cicatriz?" [o que eu fui perguntar...]

A senhora levanta-se da cadeira e, de pernas abertas e com o púbis proeminente, profere "porquê? tu (referindo-se a uma mulher no pós-parto) não consegues fazer isto?", com a mão a esfregar a zona púbica sobre as calças, imaginando que teria sofrido uma episiotomia...

Fiquei prostrada. Sem reacção.

Senti-me menos mal quando olhei para as FMU e a as caras de choque, solidárias as fofas, transcreviam o que estava a sentir.

A tudo isto o que consegui responder foi "só perguntei".

Momentos hilariantes, esquisitos e malucos era algo que sobrava. Temos pena que as aulas tenham acabado e que tenha vindo a Ft. SS falar de músculos vaginais, incontinência urinária, bexigas a saltar, entre outras coisas... senti-me mesmo na primária quando era para desenhar os múltiplos músculos que constituem o "pavimento pélvico" ao quadro. Muito didáctico.

domingo, março 16, 2008

Boa Sorte, Good Luck

Estou de partida para aquele país de sonho, o Brasil, descoberto pelo nosso compatriota Pedro Álvares Cabral. Não sei se sabem mas a descoberta foi no dia 22 de Abril de 1500 e foi em Porto Seguro.

Como Porto Seguro é o nosso primeiro destino, vou ver se visito tipo a pegada do Tuga Conquistador, ou então um letreiro em que esteja escrito: "Aqui atracou Pedro Álvares Cabral" ou algo semelhante, pronto!

Mas depois conto-vos tudinho!!

Enquanto não regresso e para se manterem entretidos, aqui fica um jogo bastante interessante.


Até ao meu regresso...

segunda-feira, março 03, 2008

Post parvo mas de grande reflexão

Pensemos em barreiras arquitectónicas.

Imagino que estejam a imaginar postes de sinalização, escadas de acesso, passeios elevados e estreitos e todas as dificuldades associadas aos indivíduos portadores de deficiência, que se deslocam com auxiliares de marcha ou cadeira de rodas.

Não é destas barreiras que estou a falar..

Quem é que nunca ouviu o comentário estupidificante: "comes tanto que qualquer dia não cabes na porta?", normalmente associado a uma calma refeição em que o indivíduo não comeu nada durante o dia ou é o prato preferido.

No entanto, esta expressão tem toda a razão de ser. Porque não são igualmente noticiadas nos telejornais dos dramas as casas dos obesos que não saiem de casa porque não conseguem transpôr a passagem entre as ombreiras da porta do quarto? Ou deslocar-se à wc pelo mesmo motivo?

Se pensarmos, normalmente se um indivíduo não conseguer aceder porque a cadeira de rodas propicia a mesma dificuldade, qualquer individuo ou vários indivíduos conseguem ajudar. Mas como ajudar um obeso mórbido a passar uma porta? Só com a ajuda das bolas metálicas demolidoras de paredes.

Este problema recorda-me então o velho ditado: "uns com tanto, outros com tão pouco".


Pois é... tão longe e tão perto!

Se, depois da geografia, pensarmos na matemática, chegamos à conclusão que a largura de uma porta em que um Americano se consegue inserir de perfil, corresponde a cerca de seis Africanos de perfil. 1 para 6. Chocante!



Parvo. Mas dá que pensar! [ Eu avisei! ]


P.S. O segundo desenho está de mestre, não está?

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Uma aventura por definir: Brasil

É claro que 5 semaninhas é muito tempo de preparação... muito tempo de excitação e muito tempo de trabalho académico. Mas porquê negar a loucura que se avizinha?! Porque não prepararmo-nos psicologicamente para a viagem?...

É um grupo de poucos mas bons, os 8 magníficos, é constituído por mim, pela Fmui, o F, a Su, a Nicoleta, o Dédé, a Esgroviada e a Caravela.

Sempre ouvi dizer que quem não vai não faz falta e a verdade é que estou bastante contente com o grupinho calmo e divertido que se juntou.

Eu sei que ainda não são as nossas fotos, para acho que arregalar o olhinho não faz mal e, por isso.... meus amigos, aqui vamos nós...

O terror da viagem... [ quem é que leva o xanax? ]

Comecemos a viagem aos pontos que visitaremos:

PORTO SEGURO

Hotel Porto Seguro Praia

Vilarejo de Arraial D'Ajuda





Nada aliciante... vejamos Itacaré..


Hotel Cana Brava Resort

Cachoeira de Tijuípe

É nestas praias que poderemos ter a primeira aula de surf
[ Para mim seria de longe a primeira... ]



Morro de São Paulo...

Hotel Patachocas Eco Resort






Está visto que nos espera uma grande chatice... e muito não é revelado por agora!!

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

(DES) Orientação

Eis por fim, após três longas semanas em que "valores mais altos se levantaram" que regresso à revista on-line da minha vida. E é no calor do momento que vivi, vivo e viverei até Novembro [ provavelmente... ] que me reporto a um assunto sério...

Este documento não está protegido contra os corruptos que roubam pensamentos e expressões alheias. Desta forma, quando utilizarem o que quer se seja, depois de pedirem autorização à autora, esta é a referência deste documento específico:

Xekétiz, Kókó (2008). (DES) Orientação. The rockage passed when u got an headache [on-line]. Disponível:
http://therockage.blogspot.com/2008/02/des-orientao.html. Consulta em: 14/02/08.


Relativamente ao episódio que vos quero revelar..

Tudo se passou no dia 15 de Novembro. Depois de tanta insistência por parte da minha progenitora e do rebento que nasceu à minha frente e que tropeça na sombra, lá me convenceram a aderir a uma prova de orientação pedestre numa equipa com a Fmui.

Experiente em provas de orientação amadoras dos múltiplos antecedentes radicais, fiquei indignada quando nos inscreveram em OPT2, ou seja, fraquinhos com a mania que percebem, quando as duas manientas iam em OPT3, que significa alguma experienciazinha.. Bom, ao menos não nos inscreveram em OPT1 que devia ser para as crianças... [ Vá, não foi assim tão mau.. ].

Assim, preparadas para a imundice característica de corrida em lama com água para a prova competitiva que se instalava, aquele pedaço de plástico magnetizado para se introduzir no código da baliza, bússola de colecção, de banho em prata e com vários "nortes" e algo instável e telemóveis, não fossemos chegar tão cedo que tivessemos que combinar um lugar de reunião, lá seguíamos para a partida.

O resto das equipas, Cunhadito e Miguelito, mamy e papi do Cunhadito também iam em OPT3. Isto significa que todos iam num circuito mais longo, com mais balizas [ aqueles prismas triangulares pintado em triângulos brancos e cor de laranja ] e com hora de inicio diferente.

A Menina Rita, mestre das artes de orientação em veículos de duas rodas a motor humano [ parecido à rodinha pós ratos, mas adaptado, estão a ver? ] avisou-me que depois de me entregarem o mapa que tinha que seguir as fitas de sinalização a vermelho e branco e que passaria numa baliza não marcada antes de iniciar a prova, apesar de contar para o tempo.

Primeiras a partir, do grupo reunido, chegámos a uma rapariga que nos entregou um mapa e nos deu instruções frágeis, muito frágeis. Disse ela para olharmos apenas para um lado da folha que diria respeito à OPT2, que posteriormente, quando terminassemos aquele lado que nos seria entregue outro mapa para completarmos.

Resumindo, não percebi nada... Belo começo, portanto!

Ainda apreensiva com a situação de pura incompetência, a vontade era só a de começar a correr. Alinhei o mape com a bússola [ mais ou menos... ], olhei para o mapa e o caminho era para a esquerda.

Começamos a correr até que parámos porque havia alguma coisa que não estava certa. O mapa podia adaptar-se a vários caminhos.. pensávamos, andávamos, pensávamos, andávamos..

Alguma coisa se passava. Encontrámos o Cunhadito a dirigir-se para o inicio da partida e dissemos-lhe que o mapa era subjectivo, porque, não sei porquê, mas o mapa é sempre a primeira coisa a culpar. Sim, a segunda era a Fmui.

Nós corremos e andámos vários quilómetros num diâmetro de cerca de 500 metros. É que só podia ser ali!!

Chegámos a um ponto que saímos desse diâmetro e entrámos numa vila, contornámos viaturas, descemos estradas e passámos em vários cafés. Ali não havia de ser de certeza! Voltámos tudo para trás pela estrada principal, assim perto de três quilómetros.

Já estava a ficar bastante fusriosa com aquela situação e telefonei à Menina Rita a dizer que estávamos perdidas e que iamos voltar para trás, enquanto elas estavam em prova.

A Fmui lá conseguiu finalmente explicar aquilo que andava a ruminar desde há uma hora atrás e disse que se calhar devíamos ter ido em frente no inicio porque não tínhamos passado na baliza não sinalizada. Magnífico!

Realmente vimos um senhor a retirar fitas de sinalização e encontrámos uma baliza sem código. 1 hora e 30 minutos depois. Telefono novamente à Menina Rita a avisar que estavamos a começar a prova.

Foi giro não ter que andar às cotoveladas com ninguém porque já toda a gente tinha terminado a prova. Mas vimos um senhor a fazer jogging, muito interessante!

Ainda assim foi difícil, porque o espirito já era pouco ou nenhum e tudo gerava falta de paciência e desorientações.

Fizemos 12/14 balizas em cerca de 5 minutos e subimos e descemos o monte de arbustos muitas vezes para encontrar as restantes. Se calhar já tinham recolhido as balizas....

Nos entretantos a Menina Rita telefona a dizer que tinham chegado à meta e, como o telefonema já tinha ocorrido há uns 30 minutos achámos que era chato ficarem lá à espera o dia inteiro pela conclusão de uma missão MESMO impossível.

A andar, com cara de parvas e vergonha total voltámos ao ponto inicial, sem irmos à meta para não se perceber a nossa triste figura.

O problema é que tínhamos que ir informar da conclusão da prova para não sermos noticia nos jornais no dia seguinte a dar conta do desaparecimento de duas raparigas na mata.

O Cunhadito, amoroso, informou os rapazes que tínhamos terminado e que nos faltava receber uma garrafa de água e um caixotinho de Muesli.

A cara de pasmo e gozo foi lindo e quando começaram a analisar o que tinha sido feito e o que faltava fazer, que era o outro lado da folha que a incompetente tinha dito que era referente à OPT3, foram momentos de muita emoção e que ficaram próximos da minha passagem a coloração verde.

Fiquei com o orgulho desorientado.

Mas como tudo na vida, é assim que se aprende.

[ Tive e tenho que repetir isto tudo muitas vezes para conseguir digerir o que se passou, escrever isto publicamente e dormir todos os dias bem ;) ]

terça-feira, janeiro 22, 2008

Gravidade - a mãe natal!

Eis um episódio que ainda não tinha sido revelado oficialmente...

Lembram-se do post "Mudasti versus Telele"?....

Pois é, mas desta vez o gato não se afogou...

Foi no dia 28 à noite, depois de chegar de Santa Cruz, iniciava a preparação das malas para ir para Espanha comemorar o fim de ano, o que se tornaria uma tarefa difícil e preguiçosa...

Comecei pela mala do quotidiano que iria estrear. Peguei na mala e fiz a transferência das tralhas de uma mala para a outra. Como ia deixar para lavar a mala que era branca, sacudia da janela do meu quarto.

Enquanto revirava a mala, a 7 andares de altura (6º andar + CAVE), observava um senhor a passar no passeio...

Estava a revirar outra bolsa da mala e reparo, mesmo entre os meus braços, num objecto a descer em direcção à calçada, a embater sonoramente na calçada e a dividir-se em dois bocados que caíram no jardim, um a 1 metro da zona de impacte e o outro a cerca de cinco metros. O senhor que eu observara, tinha agora parado com o ruído do impacto e olhava para cima e para o jardim...

Pensamento em câmara rápida: "o que é aquilo?! onde está o telemóvel?! não sei! se calhar estava na bolsa de fora que não tem fecho.. caiu e partiu-se em dois. seria o telemóvel e a bateria? acho que sim. era. só podia. e agora?

Com o senhor a olhar para mim, saí da janela, peguei nos sapatos e nas chaves em salvamento do desgraçado e ia a rezar para que o gato ainda estivesse vivo..

Cheguei ao jardim em noite cerrada com uns meros candeeiros de rua a clarear o verde das ervas daninhas.

Encontrava assim o meu telemóvel e a bateria separados mas no mesmo meio: coliformes fecais caninos!

Fundi-os e liguei. Funcionava. Funcionava mesmo, na perfeição!

Analisei a nova forma, hematomas e até amputações, resultado da queda que sofrera. Amputações sim! faltava a peça para prender a bateria, mas ela prendia-se na mesma, daí que a conclusão é de que aquela peça tem um papel simplesmente preventivo!

Não encontrava a peça, nem com a ajuda da senhora da limpeza do prédio que se preparava para ir descansar que, simpática, se disponibilizou para pisar e remexer coliformes e resíduos à procura da peça com 1milímetro quadrado.

Voltei a casa, mas por pouco tempo, porque regressei, com o meu progenitor masculino e com um foco de luz fluorescente, à procura do irritante bocado de plástico de cor prateada.

Mas, tirando coliformes e sinónimos, papéis e mais resíduos caninos, não encontrámos nada.

Como um bom Fisioterapeuta, avaliei as disfunções e verifiquei que não havia lesões neurológicas ou cárdio-respiratórias, apenas tinha alguma diminuição da qualidade de movimento e instabilidade da bateria. Assim, reabilitei o telemóvel com base no movimento e coloquei uma banda de tape a prevenir luxação da bateria.

Assim se aguentou durante o fim de ano e alguns dias, até descobrir que se revelavam consequências do traumatismo craniano e que a comunicação oral estava severamente comprometida.

Assim, e porque a função principal de um telemóvel é poder comunicar oralmente com outrém e como não era funcional, tive que procurar um substituto barato.

Foi assim que aproveitei a promoção da semana de uma loja de telemóveis conceituada e troquei o gato por um telemóvel que custava 130 euros e que estava a 60 euros. De qualidade e com algumas funções mais avançadas.

Não queria esquecer aquele gato que sobreviveu a uma inundação, a uma queda e ao cheiro dos coliformes. Para me livrar dele era o incêndio ou abatia-o e colocava uma prótese total, e na troca inda poupava 10 euros de retoma... :)



Obrigada gravidade pelo meu telemóvel novo.



Gato, estás no meu coração!

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Perigo(s) na mata!

Desta vez não resisti a colocar aqui as fotos do casal Guterres [ ou Menina Rita e Cunhadito ], na sua última competição... Essas criaturas rascamente patrocinadas que dão o corpo ao manifesto: no chão, quando não é contra os demais concorrentes, numa tentativa do efeito bowling!!

Assim, mais uma vez se verifica a vitória da menina Rita numa prova nacional e só não se verifica a do Cunhadito porque um bizonte com cento e muitos quilos foi pago no inicio da prova para tentar aniquilar o potencial vencedor, fisicamente ao próprio e à menina: a bicicleta! [ foi, não foi?... tadinho... ]

[Para os meus compatriotas:
Sabem quem é que foi avaliar o ombro traumatizado do Cunhadito? Sabem? Sabem?

Foi a concorrência de Alcoitoa...!!!! Vergonhoso o marketing!]


Assim, uma salva de palmas à Menina Rita que não completou a prova de ambulância e ao Cunhadito por não ter caído quando foi atropelado!


É de lamentar o garfinho da bicicleta que ficou torto!! A minha sugestão é roubar um bocado ao Guggenheim e fazer um arranjo!! Assim, como assim, toda a gente gosta de rasgar o museu...


Aqui fica uma recordação:



A quarta prova da Taça de Portugal de Orientação em BTT decorreu no fim-de-semana de 12 e 13 de Janeiro na encosta Sul da Serra de Sintra.

No sábado decorreu a competição de distância média, em que os BTTistas usufruiram de boas condições climatéricas (apesar do frio), com percursos a proporcionar ligações rápidas nas imediações da Barragem do Rio da Mula e do planalto do Pisão.

O jovem Daniel Marques do Clube de Orientação do Centro venceu a Elite Masculina, cumprindo os 13kms do percurso em 46:45, a uma média de 3:36 por km e deixando o 2º classificado Rogério Martins do Académico de Torres Vedras a 1:30 segundos.

Na Elite Feminina foi Rita Guterres do Clube Portugal Telecom a levar a melhor com 1:03:55, precisamente menos 3 minutos que a veterana do Académico de Torres Vedras, Maria Amador.

No domingo não houve grandes alterações nos principais resultados, mas as características do evento alteraram-se radicalmente. Sem frio, mas com alguma chuva e nevoeiro a dificultar a progressão e a navegação, os BTTistas partiram da zona urbana de Janes para subir a Serra passando por locais como os Capuchos ou o Alto do Monge terminando com uma vertiginosa descida nos trilhos de downhill a leste da Peninha até à Malveira da Serra, onde se situava a chegada. A Elite Masculina cumpriu 27,3 kms, embora a principal dificuldade não fosse a distância mas sim o declive ascendente que os BTTistas tiveram que ultrapassar com pelo menos 1010m a subir para os que conseguissem sempre descobrir a melhor opção do trajecto.

Daniel Marques repetiu a vitória da véspera cumprindo o percurso em 1:48:43 e deixando o 2º classificado Eduardo Sebastião, do Clube TAP a considerável distância (mais 15:33). Daniel Marques fez uma média de 4:02 por km (4:34 por km para o 2º classificado, como comparação). Na Elite Feminina, Rita Guterres voltou a vencer conseguindo a vitória no evento e arrebatando na 4ª prova da época 2007/2008 a 2ª vitória da sua carreira depois de ter ganho em Monsaraz logo no 1º evento da época. Rita Guterres cumpriu os seus 23,3kms em 2:27:02 (média de 6:19) voltando a relegar Maria Amador para o 2º lugar a 6:28 da vitória.

No somatório dos percursos de sábado e domingo, Rita Guterres e Daniel Marques venceram, com Maria Amador e Rogério Martins a serem 2ºs e Joana Frazão (CIMO de Almada) e
Eduardo Sebastião a serem 3ºs.

Nos escalões jovens destaque para o CPOC que venceu 3 dos 4 escalões. Mariana Moreira ganhou em Juvenis Femininos, Gonçalo Cruz em Juvenis Masculinos, Ana Filipa Silva em Juniores Femininos e só em Juniores Masculinos a vitória escapou ao CPOC com o triunfo de David Machado do .COM de Braga.

Por clubes, foi o Clube de Orientação do Centro a vencer com 1657 pontos, deixando a curta margem (1631 pontos), o Académico de Torres Vedras.

O próximo evento da época de Orientação em BTT sob a égide da Federação Portuguesa de Orientação irá realizar-se em Penela numa organização do NADA a 16 de Fevereiro.

Mais informações e todos os resultados disponíveis em www.cpoc.pt.
O Gabinete de Comunicação da Federação Portuguesa de Orientação



Menina Rita e a baliza

Menina Rita a tentar completar uma prova sem cair...

... Cunhadito inteiro...

Cunhadito no primeiro [e único...] ponto

Boa sorte e abaixo com essas prismas bicoloridos!



[ P.S. Quem é amiga, quem é? ;P ]

segunda-feira, janeiro 07, 2008

SW 07: Day Six [ and Seven...]

A despedida final...

Acordados num pântano quase desabitado, seguiu-se a tarefa mais nostálgica e stressante que é comprimir as roupas nauseabundas e lamacentas dentro do saco, enrolar o saco de cama, enrolar a minha ex-colchonette e amarrar com fio de ráfia a desgraçada e poeirenta almofada ao saco.

A parte que não inclui aqui e que é óbvio que falta é desmanchar a tenda porque, para mim, continua a ser um prazer!.. Principalmente dobrar de forma a que os tecidos, as estacas e os varões coubessem dentro do saco [ sem rasgar ou forçar... ]... não pensem que é tarefa para todos!!

A Menina Rita e o Cunhadito seguiram no carro em direcção a Sintra, o J seguiu em direcção à casa dele e no fim fiquei eu e a Fmui que iríamos de boleia com o Erva Doce para Santa Cruz.

Depois das tarefas calmamente completas decidimos ir almoçar pelo caminho, uma vez que a hora de almoço se aproximava e o estômago já ansiava desesperadamente um naco de carne!

Chegados a Odemira procurámos um restaurante ou uma tasca onde matar o desejo. Por onde olhávamos só se avistavam carros sudoestianos [... badalhocos!] e gente sudoestiana [ ... badalhoca!], tantos que não havia restaurante disponível!

Tivemos que ficar à espera que aqueles leões acabassem de comer para nós, os abutres, podermos saciar a fome de alguma forma. Foram largos os minutos..... muito largos mesmo, tipo mais de 30 minutos, que, quando chegámos à mesa tivemos que nos conter para não atacarmos o cesto do pão que ainda tinha uns bocadinhos...

Com o menu recheado de especialidades simples e ricas em proteínas animais, foi difícil de escolher... plumas de porco preto para mim, bitoque para a Fmui e claro vaquinha para o Erva Doce que já tinha erupções faciais resultantes da dieta à base de fiambre, salsichas e chouriço durante quatro dias!

Entretanto recebo um telefonema esquisito da Menina Rita a dizer que tinham perdido o ticket da portagem e que pagaram cerca de 30 euros!! Pedia para passarmos no parque de estacionamento da portagem da Marateca porque eles tinham parado lá para ir buscar umas línguas de gato à bagageira [ espero não estar enganada.. ], uma vez que dentro do carro não estava porque já tinham revirado o Bogus interiormente.

Claro que o dia estava com rajadas de vento fortes, claro que ainda estávamos a espera dos alimentos confeccionados, íamos comer, descansar depois das garfadas, arrancar calmamente e ainda demorava a chegar lá.... coisa para umas boas 3/4 horas para passarmos lá!! Já o ticket teria voado até Lisboa antes de chegarmos ao parque de estacionamento.

Comemos para descansar, descansámos para comer, comemos descansados, e descansámos depois de comer: vida de porco!

Depois de todos contentes, estômago cheia e carteiras vazias, lá partimos em direcção a Santa Cruz.. Ah, o ticket!! Pois, teríamos que enveredar por uma estrada para irmos dar a Marateca, tínhamos que avisar o Erva Doce!

Lá íamos no carro stressados com tudo menos com esse papel, porque já sabíamos que nunca o encontraríamos. Tivemos ainda uma situação com O camião branco, coisas à Estrada Nacional!

Um camião, veículo longo,ia desenfreadamente e perigosamente a ultrapassar todos os veículos ligeiros que estavam à sua frente. Não sabíamos se era mais perigoso estarmos atrás ou à frente do senhor.

Assim, depois de uns quilómetros a tentar ultrapassá-lo e a vê-lo colocar-nos em perigo, lá conseguimos passar nós para a frente numa zona de ultrapassagem da estrada.

Puff, finalmente os nossos corações podiam descansar e o estômago digerir...

Conversas e muita música depois o Erva Doce olha pelo retrovisor interior e assusta-se!!! Só se via branco!!! O camião estava praticamente em cima do carro onde nós estávamos!!

Parecia uma cena de perseguição! Macabro e assustador!

Deixá-mo-lo passar porque era já muita a pressão.

Nisto lembrámo-nos do ticket!!! A estrada para Marateca!! Tshii, tivemos que ir dar uma volta para voltar à estrada que era suposto...

Finalmente, rumo a Marateca.

Chegámos à portagem e claro que ninguém se lembrou do óbvio: o parque de estacionamento é à direita! Razão então pela qual nós passámos na Via Verde da esquerda!! Sorte que não vinha ninguém na estrada...

Eis o percurso que tivemos que fazer:




Pois... chegados, saímos do carro no local onde eles tinham parado. "Vá, procurem, era giro se encontrássemos!".

Estava eu na luta com os cabelos revoltados por causa do vento quando, passados dois minutos a Fmui diz que tinha encontrado. Ahah, encontrado! Não podia ser, devia ser de outra pessoa que o tivesse perdido lá também. É que estava preso superficialmente nas ervas daninhas ao lado do carro.

... Mas dizia Marateca e a hora parecia coincidir. Não conseguia acreditar!

Telefonei à Menina Rita a dizer que tínhamos encontrado, mas agora o que fazíamos?

Ela disse para eu deixar em casa em Lisboa, já que ia passar lá para deixar coisas e levar outras para Santa Cruz, porque teriam dois dias apenas para entregar e assim receberem o dinheiro da portagem.

Lá íamos todos contentes de que tínhamos feito um milagre até Lisboa. Chegámos e arrumei tudinho pronta para ir finalmente para o destino, já era perto das 18 horas.

Quando estávamos perto de Vila Franca do Rosário, próximo de Santa Cruz, lembrei-me que não tinha deixado o ticket em casa!!!

Era muito longe para voltarmos para trás e telefonei à Menina Rita porque, uma vez que estavam em Sintra, podia ser que desse jeito passarem lá.

Realmente não dava jeito nenhum, era já perto das 19h e ficou combinado eu enviar por carta no dia seguinte de manhã porque ela disse que havia uma remessa matinal e às horas que eram agora já não dava para ir comprar o envelope.

Tudo arrumado, de volta aos cheiros familiares, limpeza profunda e uma elevada carga de roupa com germes para lavar, tinha que me deitar para de manhã ir de bicicleta para enviar o ticket.

Às 9h da matina levanto-me, mal, mas levanto-me, pego numas moedas e na bicicleta e fui até ao centro de Santa Cruz, aos Correios.

Cheguei lá, e o ticket??? Não acreditava que tinha deixado aquela treta amaldiçoada em casa!!

Ao menos tinha levado as moedas, comprei o envelope de Correio Azul, vi que a próxima remessa era as 18 horas e voltei para casa com o envelope na boca a respirar entre os poros do papel.

Estafada. Deitei-me no sofá e acordei as 17e30h!

O envelope!! Telefono à Fmui para saber se podia ir comigo no carro dela mas naquele momento não dava..

Eu não aguentaria mais uma viagem de bicicleta naquele dia.. pensava eu.

PEGUEI no ENVELOPE, voltei a descer três andares a correr, fui até à garagem, tirei o cadeado, montei-me na bicicleta e fui acelerada até ao correio, com o envelope novamente na boca.

Quando o enfiei no recipiente, parecia que tinha emagrecido, e bem, o peso dos ombros.

Cheguei a casa e telefonei à Menina Rita a dizer que a missão estava cumprida, ao que ela me respondeu que, AFINAL, tinham OITO dias para entregar aquilo.


GGGRRRRR!


Foi uma bonita forma de terminar esta aventura, que terminava no dia 7 de Agosto de 2007.

Para o ano [ ou este ano...] há mais!

quarta-feira, janeiro 02, 2008

SW 07: Day Five

Chegou o último dia :(

O acordar não foi uma despedida porque ainda teríamos que acordar no dia seguinte cedo no planeta Sudoeste para irmos embora, mas tudo o resto foi o penetrar de sentimentos de despedida e triar as memórias em compartimentos cerebrais...

.. Aldeóca da Cavaleira..

.. Praia da cavaleira..

.. Almoço da treta com queijo, fiambre, tomate e o chouriço assado na lata..

.. O chill out e parvoíces..

.. Os comes e bebes nocturnos..

.. As histórias da Dinamarca..

.. Enfim, tudo o que acontecia na rotina simples e essencial que mantínhamos.

Neste dia, o J foi ter com uns amigos e a máquina fotográfica do Cunhadito ficou no carro, daí que as poucas fotografias que relembram este dia foram tiradas de noite.

Fomos para a Praia da Cavaleira e passámos o dia a dormir, tanto, que nem me recordo de nada deste dia :)

Tenho que referir, uma vez que ainda não o fiz, que, relativamente a esta praia, estivemos sempre acompanhados de uma tenda yo musical onde, para além de comportar meia dúzia de pessoas com aspecto moribundo, continha uma mesa de mistura brutal com 2 gira-discos e sei lá mais o quê..


Para além destes vizinhos, havia sempre raparigas com calor no peito, normalmente espanholas [ o que se compreende... ] e que chamavam a atenção, algumas, ou pela falta de conteúdo que poderia ser a razão para não utilizar o acessório superior do biquíni, ou pelo excesso... principalmente quando realizavam marcha rápida..

Houve então uma situação, no mínimo hilariante...

Eu e o Erva Doce fartos de descansar, fomos jogar "raquetes".

Estava tudo a correr mais ou menos, o que significa que a bola até não ia muitas vezes ao chão [ apenas uma média de 3x por minuto.. ], até que fomos interpelados por um cão ciumento.

Andava para trás e para a frente em tom desafiador à espera que a bola reconhecesse a areia.

Eis que uma vez, passado algum tempo a bola foi projectada para o chão e o cão, amoroso, fugiu com a bola pelo meio da praia apinhada em direcção às pedras.

Está bem que a praia não era grande e o cão não tinha muito por onde fugir..

Começamos a tentar perseguir o cão, montámos um cerco e tudo o mais, até que se levanta a responsável pelo cão: uma das espanholas semi-nuas.

A rapariga pôs-se a correr pela praia a chamar pelo cão e toda a população presente na praia passou a plateia em segundos...

Só visto!

No fim da perseguição e recuperação da bola, a rapariga dirigiu-se ao Erva Doce para entregar a bola. Ele ficou parado a observar tudo menos o transporte da bola... ainda me lembro da cara dele!


Foi uma situação que deu muito que rir e voltámos a jogar, mas agora dentro de água..

Este era o cartaz do dia:

PALCO TMN
James
Phoenix
Razorlight
Babylon Circus

TENDA PLANETA SUDOESTE
The National
Of Montreal
Trail of Dead
Tara Perdida
2008
Rui Vargas
Stereo Addiction

PALCO POSITIVE VIBES
Pow Pow Movement
Tiken Jah Fakoly
YellowMan
Alioune K

O que nós todos queríamos mesmo ir ver era James. Era neste dia que era suposto ir o Mika que não foi por um motivo qualquer..


:: O adeus ao sol e às condições habitacionais e sanitárias ::


:: O adeus aos comes e bebes especialíssimos ::

:: O adeus ao no stress e irresponsabilidade ::


Fomos ver James que, como Buraka Som Sistema, também foi um concerto espectacular e mítico!

Uma rapariga tornou o concerto mais cómico uma vez que, considerando o ajuntamento que se verificava em todo o lado naquele mega local e especialmente durante os concertos, ficou toda ofendida quando o meu telemóvel tocou no cabelo dela e ficou escandalizada!

Eu acho que qualquer pessoa ficaria pasmada com tal reacção!

Obviamente que disse à rapariga que devia ter um problema qualquer, porque ela podia estar convicta de que a reacção seria normal. Foi uma mera clarificação de conceitos.

A Menina Rita estava ao lado da personagem e esta não sabia que era a minha irmã quando lhe perguntou, desconfiada, se ela tinha visto o que eu lhe estava a fazer ao cabelo.

Mas o concerto foi memorável!

Experimentámos ainda, não sei em que dia, a tenda de dança com phones. A sensação de quem entra ainda sem os auscultadores é que é um bando de malucos comandados por 2 dj's em que não se ouvia nada.

Mas quando se tinha os auscultadores a sensação era a mesma. A música era uma treta e parecia que toda a gente dançava só porque era fashion. Eu e o Erva Doce não aguentámos nem 3 minutos.

Depois desta que era a última noite fomos dormir porque o dia seguinte seria cansativo.

Pensávamos que as aventuras tinham chegado ao fim... e estávamos bem enganados!!

:))