A vida alheia, especialmente a de personagens conhecidas, raramente é motivo de pensamento e comentário da minha parte, uma vez que tal é já feito pela restante população nacional e arredores...
[sim, antes que surjam represálias, eu não englobo aqui as pessoas com quem vivo diariamente, até porque não são conhecidas! ;p]
No entanto, e muito contra vontade, visto estar dentro da actualidade, algo tenho a dizer sobre o mais recente lançamento editorial...
"Eu, Carolina"
Pois.. são tantas as perguntas retóricas inside my córtex sobre este assunto todo, que parece mais um thriller cujo assassino nunca é revelado, que me consedi o direito de as partilhar..
"Como surgiu a ideia de escrever este inesperado livro?"
"Um objectivo pessoal?"
Ah e tal, depois de me acusarem de ser uma "menina do demo", o que insurge como uma má fama, porque não aproveitar para "limpar" a própria imagem, acusando uma pessoa que já não me paga a pensão? Além disso, um livro destes, numa altura destas, é calculado rendimento elevado, antes sequer de ser escrito..
"Será que foi uma mera ideia impulsiva?"
A autora acordou um dia e, tropeçando na ponta do tapete, esbarrou numa moldura com a fotografia da principal figura retratada no seu livro e, como caiu no chão e se partiu, questionou-se se não seria um sinal divino para tomar uma atitude?
"Uma questão de vingança?"
A senhora, constatando o facto de que o processo "Apito Dourado" se está a resolver à velocidade cósmica do ar, também por falta de provas concretas e testemunhos reais, viu na elaboração do livro uma oportunidade de encavar Sir Jorge Nuno?
Hipóteses não prováveis:
"Foi um gesto cívico de Não à corrupção?"
Carolina, cuja personagem nada tem a ver com santidade, teria, um certo dia pensado e constatado a importância dos seus relatos para se resolver um dos grandes casos de suspeita de corrupção, sabendo que, para isso, teria que contar também que contratou, ela própria, capangas para agredir um funcionário da Câmara? Quem se enterraria para culpabilizar outrém? Ou foi com o objectivo de se redimir? Será que a PJ não andaria igualmente atrás dela, e não foi feito um acordo secreto? O que estará por trás disto?
"Foi aconselhada pelos filhos, como Carolina disse?"
Que filho diria para fazer isso, quando se sabe que, se realmente as coisas se passaram como diz, as probabilidades de aparecer com uma nódoa negra à casa, ou nem aparecer, porque ficou junto à valeta, são elevadas? E esta senhora não tem vergonha na cara de fazer tudo o que lhe mandam, desde contratar agressores, até escrever um livro??
Hipótese que é melhor nem ser provável:
"Não terá sido o livro uma estratégia do Boss do FCP?"
Ora, este livro, para além de o acusar árduamente, é uma manobra de diversão, até porque a senhora também deve ir acabar enjaulada com tanta acusação e papel igualmente corrupto no seio de toda a história.. Mas de qualquer forma, o rendimento é também algo concreto.
Afinal e realmente os contornos de toda a história são desconhecidos e abafados, e dificilmente se descobrirá todo o enredo da história porque , infelizmente, na justiça portuguesa, o que ganha é o mais forte e o mais rico, mas isso são outras fábulas...
Sem dúvida que Maria José Morgado, se chegar inteira ao fim do processo, será uma das pessoas mais competentes para travar a corrupção no desporto e em Portugal. Se não estiver também encafuada no meio do algodão... [Não é uma insinuação, é uma desconfiança..]
Correio da manhã, presente dia:
"- Se o Pinto da Costa se demitir nos tempos mais próximos, será um grande mistério.
- Outro mistério?
- Sim, não se saberá se está a fugir de Carolina, de Maria José Morgado, ou do Chelsea de Mourinho."